licença poética

meu nome é cidadão de bem e eu contribuo
foda-se você seu vagabundo,
quem não serve à máquina nunca vai ser servido
todos querem comer mas ninguém quer ser comido

a maior ambição é o carro do ano
minha personalidade fica embaixo dos panos
cadê?! não to achando! nem sei se ainda sou humano!

vida de merda essa sua
não compra, não vai ao clube e não recebe salário
e diferente de mim
não tem licença poética pra ser otário

Filosofia de boteco

de onde eu vim, aonde vou
a verdade do universo e "a prestação que vai vencer"
sabor de discussão mistura com o amargo da cerveja
boteco da vida, se não sobra ninguém pra pagar a conta
esse papo todo não há de ser

Liberdade

Tenha me todos os dias sem me conquistar, ame-me mais para os outros do que para si mesmo, e só lute por mim sem saber que o faz, sou a pergunta, não a resposta, sou a vida, não a morte, sou a guerra, não o espólio, o processo e não o produto, sou a liberdade, sou você quando você é eu.